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Veja os registros da 1ª Semana de Formação, Cultura e Trabalho (2016)

A Muriçoca Multimídia em parceria com o SESC-SP irá realizar de 16 a 18 de outubro a 2ª Semana de Formação, Cultura e Trabalho. O seminário visa promover o diálogo entre artistas, produtores, educadores, gestores e profissionais com ampla experiência de atuação em atividades relacionadas à cadeia de produção artística e cultural. Os participantes serão convidados a expor e esmiuçar seus campos de atuação, contemplando as práticas, habilidades, materiais, métodos e técnicas envolvidas, os produtos gerados e sua inserção em contextos culturais mais amplos, as perspectivas de trabalho, o mercado para cada área e a importância da formação na atividade cultural, em suas distintas modalidades. Desta forma visa-se debater o atual cenário da qualificação e do trabalho na área, discutir desafios, iniciativas e propostas para ampliar a formação neste campo.

O investimento na formação e qualificação dos profissionais da cultura parece ser um dos pontos chave para potencializar o papel deste setor produtivo como eixo de desenvolvimento para cidade e para o país, não somente no campo estético e conceitual, mas também considerando o potencial da cultura para a cidadania, o desenvolvimento econômico e territorial urbano. Neste sentido, nada mais vital e oportuno que propiciar um espaço para promover o pensamento, a troca cultural e artística e a proposição de ações de formação profissional na área da cultura.

A programação contempla painéis – o primeiro acerca da “Educação e dinâmica social (entrelaces entre cultura e educação)”, o segundo sobre “Formação, política cultural e desenvolvimento” e o terceiro acerca do “Fomento, formas de financiamento e seu impacto no campo da formação cultural”; a mesa “Experiências e desafios para formação livre na área cultural”; e debates, que contemplarão a discussão do cenário e das perspectivas para formação específica nas áreas de Audiovisual, Circo, Dança e Teatro.

Entende-se que uma 2ª Semana de Formação, Cultura e Trabalho tem potencial para contribuir efetivamente numa formulação conceitual comum ao campo da formação cultural que auxilie a criação de políticas para a área e favoreça a análise comparada entre diferentes iniciativas, consolidando uma narrativa capaz de orientar os diferentes atores públicos, revelar o alcance e limitação das políticas, discutindo ainda o papel e as relações com instituições privadas e a sociedade civil.

O seminário é voltado para profissionais da cultura, artistas, grupos e companhias artísticas, gestores e produtores culturais, estudantes e docentes de cursos artísticos, técnicos e superiores da área cultural, pesquisadores, bem como interessados em geral.

Pesquisa e coordenação: Wilq Vicente

Realização: Muriçoca Multimídia e Sesc-SP

Relatoria do projeto

programação

16out.
14h00 às 15h30

Painel 1 | EDUCAÇÃO E DINÂMICA SOCIAL (ENTRELACES ENTRE CULTURA E EDUCAÇÃO)

Com CARLOS AUGUSTO CALIL

O painel visa uma arqueologia de um conjunto de ações da política e da prática cultural, com distintas temporalidades e recortes territoriais, reconhecendo a centralidade da cultura no âmbito da vida em sociedade com reflexos nos campos econômico, político e social, entre outros, localizando os entrelaces e articulações conceituais com a área da educação e cidadania, tendo em vista políticas de formação e outros processos formativos.

16h00 às 18h00

Mesa | EXPERIÊNCIAS E DESAFIOS PARA FORMAÇÃO LIVRE NA ÁREA CULTURAL

Com IVAM CABRAL e TAMMY WEISS

Muitas vezes, a formação na área artística e cultural ocorre em paços e processos não regulamentados ou institucionalizados, voltados sobretudo para as práticas artísticas, seja em programas continuados, em cursos de curta duração, ou oficinas diversas. Almejando compreender o impacto da formação livre no campo da cultura e considerando seu viés de formação humanista, para a cidadania e ampliação do repertório cultural, essa mesa buscará refletir sobre práticas de formação livre e seu papel no cenário cultural e social brasileiro.


17out.
14h00 às 15h30

Painel 2 | FORMAÇÃO, POLÍTICA CULTURAL E DESENVOLVIMENTO

Com ISAURA BOTELHO

Abordará o cenário da formação e das políticas culturais nos últimos anos, os anseios por uma política nacional de formação. É latente a necessidade de expansão de cursos, além da necessidade de se repensar permanentemente a formação em áreas já mais tradicionais, voltadas para profissões artísticas reconhecidas e já regulamentadas. É preciso investir no debate sobre a formação no campo da cultura, sobretudo sua interface com desenvolvimento, economia, trabalho, cidadania, dinâmicas sociais, práticas culturais e artísticas e as políticas culturais, sejam específicas da área de formação ou não.

16h00 às 17h30

Mesa 1 | AUDIOVISUAL

Com DANIELA PFEIFFER, JORGE GUEDES e ESTHER HAMBURGER (mediação)

Como se trata de um setor em expansão, de caráter cada vez mais dinâmico, a atuação neste campo da cultura demanda um permanente aprimoramento e qualificação dos saberes e práticas, um processo formativo e reflexivo continuado. Projetos de formação e capacitação em audiovisual contribuem para a ampliação das oportunidades de conhecimento, capacitam jovens no setor e promovem o fortalecimento e a difusão de novas narrativas e vozes. Diversas iniciativas de formação, ligadas a universidade, poder público, grupos e coletivos, arranjos variados em ONGs e outras instituições atuam neste sentido. Como estes segmentos dialogam?

18h00 às 19h30

Mesa 2 | CIRCO

Com VIVIANE REBELO MUÑOZ e VIVIANE TAPIA (mediação)

Voltado geralmente para jovens, a formação em circo cada vez mais deixa de ser predominantemente empírica para se consolidar em algumas escolas. Uma arte milenar, o circo contemporâneo faz conviver as tradicionais lonas familiares com os mais modernos espetáculos internacionais. Como lidar com estes diferentes segmentos e suas demandas específicas de capacitação? Quais os desafios, parâmetros e paradigmas na formação para as artes circenses? Como criar caminhos capazes de articular as dimensões simbólicas, de cidadania e econômica das artes e da cultura do profissional do circo.


18out.
14h00 às 15h30

Painel 3 | FOMENTO, FORMAS DE FINANCIAMENTO E SEU IMPACTO NO CAMPO DA FORMAÇÃO CULTURAL

Com ALBINO RUBIM

Pesquisador do CNPq e do Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura (CULT). Professor do Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade da UFBA. Ex-Secretário de Cultura da Bahia e ex-Presidente do Conselho Estadual de Cultura da Bahia. Autor de artigos e livros sobre políticas culturais, cultura e sociedade, cultura e comunicação, comunicação e política.

16h00 às 17h30

Mesa 3 | DANÇA

Com FIRMINO PITANGA, LU FAVORETO e GAL MARTINS (mediação)

Como se dá a formação em dança? Quais os caminhos para o desenvolvimento profissional e artístico desta linguagem no país? Trata-se de campo que demanda vocação artística, técnica e ao mesmo tempo intensa prática. Qual o papel das oficinas livres? Como se relacionam investigação, autonomia, técnica, narrativa e código na criação artística, na fruição e leitura da dança? Como dialogar com a diversidade dos corpos e experiências sociais em termos pedagógicos?

18h00 às 19h30

Mesa 4 | TEATRO

Com LIGIA CORTEZ, LUIZ FERNANDO MARQUES e ÉLDER SERENI (mediação)

O ensino de teatro tem ampla tradição no país e em São Paulo, com diversas escolas e cursos. Como os convidados percebem o papel social das Artes Cênicas e qual perspectiva de formação deriva disso? Três experiências de ensino se debruçarão sobre a temática, visando uma análise crítica sobre processos formativos em nível técnico, superior e livre e o debate das bases educacionais de cada experiência e seus desafios.

debatedores

EDUCAÇÃO E DINÂMICA SOCIAL (ENTRELACES ENTRE CULTURA E EDUCAÇÃO)

Carlos Augusto Calil

Professor do Curso Superior do Audiovisual da ECA/USP. Foi dirigente de órgãos públicos (Embrafilme, Cinemateca Brasileira, Centro Cultural São Paulo) e secretário municipal de Cultura de São Paulo (2005-12). Realizador de documentários em filme e vídeo. Autor de ensaios e editor de publicações sobre cinema, iconografia, teatro, história e literatura.


EXPERIÊNCIAS E DESAFIOS PARA FORMAÇÃO LIVRE NA ÁREA CULTURAL

Ivam Cabral

Doutor em Pedagogia Teatral (2017), com Mestrado em Prática Teatral (2004), ambos pela ECA/USP; graduado em Artes Cênicas pela PUC/PR (1988), é ator, diretor, dramaturgo e cofundador da Cia. de Teatro Os Satyros (1989). Atualmente é Diretor Executivo da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco.

Tammy Weiss

Graduada em Arquitetura e Artes Plásticas. Atua no setor audiovisual há 20 anos, nas áreas de produção de curtas e longas-metragens. Além de atuar nas áreas de planejamento e captação de recursos, coordenação de oficinas de cinema e gestão pública no setor do audiovisual. Em 2006 criou junto com a Gullane Filmes o Instituto Querô.


FORMAÇÃO, POLÍTICA CULTURAL E DESENVOLVIMENTO

Isaura Botelho

Consultora e Pesquisadora em Políticas Públicas de Cultura. Graduada em Literaturas Vernáculas, com mestrado em Comunicação e doutorado em Ação Cultural. Atuou em instituições como Funarte e Memorial da América Latina, além de ter coordenado o setor de pesquisas e planejamento da Secretaria de Políticas Culturais do Ministério da Cultura.


AUDIOVISUAL

Daniela Pfeiffer

Formada em Produção Cultural pela UFF. Especialista em Comunicação e Imagem, e Mestre em Comunicação Social pela PUC-Rio. Diretora do Centro Técnico Audiovisual (CTAv) do Ministério da Cultura. Com 17 anos de experiência no mercado audiovisual. Foi Analista de Projetos na Ancine, Conselheira do Audiovisual na CNIC, Gerente de Projetos na Associação BRAVI, Gerente Executiva no Cine Odeon e Gerente de Mídias Digitais na Distribuidora Elo Company. 

Esther Hamburger

Professora Titular de História do Cinema e do Audiovisual na ECA-USP. Atua na confluência da Crítica e dos Estudos de Cinema e Televisão, Antropologia e Jornalismo na abordagem de temas como: indústria cultural, história do audiovisual, desigualdades sociais, relações de gênero na televisão, no cinema e nas mídias digitais.

Jorge Guedes

Coordenador das Oficinas Kinoforum, atua no projeto desde 2001. Formado em cinema pela ECA/USP (1995), começou seus trabalhos ainda na faculdade, na produção dos curtas-metragens tendo participado da produção inúmeros filmes neste formato. Atuou na publicidade, mas firmou seu trabalho no mercado de cinema independente. Há cerca de 15 anos vem produzindo longas-metragens, séries e telefilmes.


CIRCO

Viviane Rebelo Muñoz

Filha de artistas circenses, nascida no CIRCO GARCIA, formação artística acrobata e equilibrista. Em 2003 com sua família abriram uma empresa de comercio e de locação de lonas e equipamentos de circo W.A.E COMERCIAL CIRCENSE LTDA ME.  Em 2013 inauguraram a ESCOLA ARENA CIRCUS que ministra cursos regulares, oficinas e workshop de artes circenses.

Viviane Tapia

Professora, graduada em Pedagogia e Pós-graduada em Gestão Administrativa. Gestora do Programa Circo Escola Diadema, orgulha-se de ser a quinta geração de sua Família em Circo, realiza Curadoria em Gestão de Projetos sociais na região do ABC, coordena o Grupo Gestor do CEU das Artes em sua localidade e integra o Conselho de Cultura de Diadema. Mediadora Sócio Educativa em projetos de cunho cultural circense.


FOMENTO, FORMAS DE FINANCIAMENTO E SEU IMPACTO NO CAMPO DA FORMAÇÃO CULTURAL

Albino Rubim

Pesquisador do CNPq e do Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura (CULT). Professor do Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade da UFBA. Ex-Secretário de Cultura da Bahia e ex-Presidente do Conselho Estadual de Cultura da Bahia. Autor de artigos e livros sobre políticas culturais, cultura e sociedade, cultura e comunicação, comunicação e política.


DANÇA

Firmino Pitanga

Coreógrafo, Licenciado em Dança pela UFBA. Durante 20 anos realizou estudos sobre a dança negra na África e no Brasil, tornando-se precursor da dança negra contemporânea em São Paulo, dirigindo importantes companhias que circularam em festivais de dança pelo Brasil e exterior (Cabo Verde, África do Sul, Alemanha e Estados Unidos). Atualmente é coreógrafo da companhia Treme Terra em São Paulo.

Gal Martins

Artista da Dança, Atriz, Arte Educadora, Gestora Cultural e futura Cientista Social. Em 2002 cria a Cia Sansacroma, grupo paulistano de dança contemporânea preta, tendo como ponto de partida, as poéticas do corpo negro. Em 2016 cria a Zona Agbara, grupo de dança formado por mulheres negras e gordas. Atualmente é Supervisora Artística Pedagógica da Fábrica de Cultura do Capão Redondo.

Lu Favoreto

Bailarina, coreógrafa, preparadora corporal para as artes cênicas e professora de dança. Tem como elemento primordial de investigação a relação entre estrutura corporal, movimento vivenciado e a comunicação na cena. Sócia-fundadora do Estúdio Nova Dança/São Paulo (1995 a 2007) e desde 2000 é diretora da Cia. Oito Nova Dança. Atualmente ministra cursos regulares de técnica, pesquisa e criação em Dança na sede da Cia.


TEATRO

Élder Sereni

Doutorando em Artes Cênicas pela Unesp. Pesquisador das pedagogias teatrais desenvolvidas por grupos de São Paulo e suas relações com a gestão, produção e promoção da cultura na cidade. Atua na Cia. Artesãos do Corpo e é docente no curso técnico em Teatro da Etec de Artes.

Ligia Cortez

Doutora em Letras (Teoria Literária e Literatura Comparada) pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Diretora Geral do Célia Helena Centro de Artes e Educação. Atriz e diretora teatral. Acumula vasta experiência como atriz no cinema, televisão e teatro. Integrou o Grupo de Teatro Macunaíma, sob a direção de Antunes Filho, nos espetáculos Macunaíma, Nelson Rodrigues, o eterno retorno (Prêmio APCA) e Romeu e Julieta.

Luiz Fernando Marques

Integra o Grupo XIX de Teatro, desde 2001 e o Teatro Kunyn, desde 2009, sendo diretor e co-criador dos espetáculos: Hysteria; Hygiene; Arrufos; Marcha para Zenturo; Nada aconteceu Tudo acontece Tudo está acontecendo; Teorema 21, Intervenção Dalloway,  Hoje o escuro vai esperar para que possamos conversar e Estrada do Sul. Desde 2008, é orientador do Núcleo de Direção da Escola Livre de Teatro de Santo André.


local

CENTRO DE PESQUISA E FORMAÇÃO (SESC)

rua Dr. Plínio Barreto, 285, 4º andar, Bela Vista

Telefone: 11 3254-5600

Transporte Público:

Metrô: Estação Trianon-Masp (Linha 2 — Verde)

A estação, localizada na avenida Paulista, é o meio mais fácil de se chegar ao Centro de Pesquisa e Formação utilizando o metrô. A uma distância (aproximadamente 1 km), pode-se ir a pé, descendo a rua Doutor Picarollo até a rua Doutor Plínio Barreto.

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